Segundo o comentarista, com a chamada Lei da Palmada, os deputados estão se metendo nas relações entre pais e filhos.
Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou a chamada Lei da Palmada, que proíbe os pais de imporem castigos físicos aos filhos. A discussão sobre a lei continua. A relatora, deputada Teresa Surita, do PMDB de Roraima, diz que é um erro chamar de Lei da Palmada, porque não pretende coibir a simples palmada, e sim castigos físicos ou agressões, que não inibe os corretivos, mas a violência.
O projeto não prevê punição aos pais, mas impõe uma espécie de lavagem cerebral para os agressores. Só pune os que não denunciarem as agressões, com multas. Houve quem quisesse, na comissão, definir a punição de pai para filho como "agressão física", mas prevaleceu o genérico "castigo corporal".
Ou seja, a lei diz o que não quer dizer, mas está sendo apresentada como algo decidido e já provoca problemas em casa. Um amigo me contou que o filho de 5 anos o ameaçou, ante a eminência de uma chinelada corretiva no traseiro, de denunciá-lo à polícia.
Os deputados estão se metendo de tal forma nas relações entre pais e filhos que já criaram um absurdo chamado ‘educação sem sacrifício’. Se é para evitar agressões físicas, o projeto chove no molhado, porque já existe o Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê maus tratos e o Código Penal trata de lesões corporais, contra qualquer pessoa, adulto, idoso ou criança. Enfim, esse estranho projeto que veio do governo ainda vai ter que passar pelo crivo do senado.
Fonte: G1/Bom Dia Brasil
Fonte: G1/Bom Dia Brasil
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